Produtos “DaEscola” recebem certificação SIM-CIMOG.
Produtos “DaEscola” recebem certificação SIM-CIMOG para produtos de origem animal.
Conquista do selo atesta adequação a rigorosos padrões de qualidade, permitindo comercialização dos produtos nos municípios que integram o consórcio da AMOG, além de ampliar horizontes do ensino-aprendizagem.
Na última quarta-feira, 05/06, o Campus Muzambinho recebeu oficialmente o selo de certificação SIM-CIMOG, um documento que certifica a Unidade de Beneficiamento de Leite e Derivados para produção e comercialização de produtos na região dos municípios associados. Na ocasião, foram contemplado 12 produtos derivados de origem animal, incluindo iogurtes, doces de leite ou queijos.
O selo SIM-CIMOG comprova a adequação dos produtos a padrões rigorosos de qualidade e segurança alimentar, e é destinado a produtores dos municípios que integram o Consórcio Intermunicipal da Baixa Mogiana – CIMOG. Para sua aquisição, é necessário adequar-se à legislação sanitária vigente, atentando-se ao manejo animal, estrutura, e também a própria rotulagem dos produtos.
Com a obtenção do selo, o produtor conquista o direito de comercialização de tais produtos dentro da região da CIMOG.
Os produtos derivados do leite vêm sendo produzidos há décadas no Campus Muzambinho, e se tornaram populares entre os estudantes e moradores locais. Sua produção está intimamente relacionada à oferta do ensino técnico e profissional, onde os estudantes aprendem as diversas etapas relacionadas à cadeia produtiva, desde o manejo dos animais até o acondicionamento final dos produtos.
Para isso, os estudantes têm à sua disposição toda a estrutura da Escola-Fazenda, incluindo uma agroindústria preparada especificamente para o ensino e produção.
Conhecidos como DaEscola, os produtos derivados deste processo incluem iogurtes, doces e queijos, os quais são tradicionalmente comercializados pela Cooperativa Escola dos Alunos do IFSULDEMINAS - Campus Muzambinho (COOPAM).
A necessidade de readequação às regras de produção e comercialização surgiu com a atualização das normativas específicas sobre produtos de origem animal, bem como da própria rotulagem destes itens.
Foi então que, sob supervisão da Coordenação Geral de Produção, diversos setores do Campus Muzambinho realizaram uma série de estudos e reuniões para adequação às normas, processo que culminou na entrega da certificação pelas mãos de William José Piza, Médico Veterinário do Serviço de Inspeção Municipal SIM-CIMOG, na última semana.
Para o Diretor-Geral, Renato Aparecido de Souza, a obtenção desta certificação atesta a qualidade da estrutura do Campus, bem como do próprio ensino ofertado aos estudantes.
“Para nós, enquanto escola, é muito simbólico ter a certificação dos nossos produtos. Isso porque a agroindústria é um laboratório, uma sala de aula, e os alunos têm a certeza de que estão aprendendo a produzir um produto de qualidade, que atende aos critérios da normatização vigente” - declarou o Diretor.
ADEQUAÇÃO ÀS NORMAS
Médica Veterinária e atual coordenadora da Agroindústria, a servidora Priscila Faria Rosa Lopes foi uma das lideranças responsáveis por conduzir o processo de adequação às regras da CIMOG.
Ela contou à nossa redação que o processo foi longo e desafiador, e demandou a atuação colaborativa de diversos setores, desde aqueles que atuam no início do processo, na lida com os animais, até a assessoria de Comunicação, responsável pela confecção dos rótulos.
“A maior dificuldade residiu justamente na complexidade do processo, que envolve diversas exigências documentais. Além disso, houve mudanças na regulamentação do Serviço de Inspeção Municipal, com a criação do consórcio SIM-CIMOG, bem como alterações na equipe de trabalhos, além da pandemia”.
Apesar dos percalços, Priscila garante que a colaboração dos setores e a motivação mútua foram fundamentais para que o processo fosse concluído com sucesso, e sua gratidão se volta a cada um dos indivíduos que colaboraram direta ou indiretamente para a consecução dos objetivos.
Priscila também reconheceu a importância do trabalho de fiscalização, além de destacar o benefício aos próprios produtores e consumidores.
“[...] a saúde do consumidor é protegida quando nós, médicos veterinários e responsáveis técnicos, trabalhamos junto aos produtores para alcançar o registro dos produtos. Então, só temos que agradecer e valorizar quem trabalha na fiscalização sanitária com responsabilidade e, principalmente, com o olhar mais flexível voltado ao pequeno produtor”.
A cadeia produtiva toda se fortalece quando temos um produtor registrado comercializando seus produtos com confiabilidade e segurança; e consumidores consumindo de maneira mais consciente e saudável” - declarou a servidora.
NOVOS RÓTULOS
Além da readequação dos processos produtivos, havia a necessidade de readequação gráfica dos rótulos dos produtos, de modo que atendessem não apenas ao padrão CIMOG, mas também à legislação federal pertinente.
Desta forma, coube à Assessoria de Comunicação, sob supervisão e orientação da servidora Priscila, a missão de preparar a atualização dos rótulos. O processo envolveu a diagramação de informações diversas, seleção e tratamento de imagens, bem como fechamento de arquivos para impressão em larga escala.
Para Cláudio Vieira, programador Visual do Campus Muzambinho, os novos rótulos evidenciam um novo capítulo da história dos produtos DaEscola.
“Mais do que uma mudança puramente estética, a nova identidade visual celebra um longo processo de melhorias, seja no processo produtivo, seja no atendimento de requisitos determinados em lei. Agora, o consumidor terá ainda mais clareza e transparência quanto ao modo de preparo, ingredientes e origem do produto, o que é um diferencial para quem busca produtos de qualidade e boas experiências de consumo”.
A APRENDIZAGEM
Juliano Francisco Rangel é servidor do Campus Muzambinho, e atualmente ocupa o cargo de Coordenador Geral de Produção, sendo responsável direto pela Escola-Fazenda.
Ele explicou todo o processo de produção dos produtos Daescola, desde a lida dos animais até a mesa dos consumidores, passando pelo processo de Ensino-Aprendizagem ofertado por esta instituição.
Segundo Juliano, os laboratórios da Escola Fazenda têm como objetivo instruir e orientar os estudantes em todas as etapas do processo produtivo, possibilitando que acompanhem, na prática, as fases de produção, industrialização e comercialização dos produtos desenvolvidos na escola.
Esclareceu ainda que os estudantes participam de diversas etapas da criação animal, sendo responsáveis pela alimentação, medicação (quando necessária), manejo e ordenha. O leite obtido é então encaminhado para a indústria do campus, onde passa por análise e é beneficiado; na indústria, é transformado em derivados, como queijos, iogurtes e doces.
Parte destes produtos é destinada ao refeitório do campus, contribuindo diretamente para a alimentação dos próprios estudantes; A outra parte, por sua vez, é encaminhada para o posto de vendas da escola, a COOPAM, que também é gerida por estudantes.
“Dessa forma, os alunos vivenciam todas as etapas da cadeia produtiva, adquirindo conhecimentos práticos e técnicos fundamentais para sua formação profissional [...] eles têm a oportunidade de vivenciar o ciclo completo: da produção no campo até a comercialização final” - comentou Juliano.
Por fim, o servidor endossou as palavras do Diretor Renato, comentando que a obtenção do selo torna todo o processo de aprendizagem ainda mais completo e enriquecedor para os estudantes:
“Além de reforçar o compromisso com a excelência no processo produtivo, o selo também amplia as oportunidades de aprendizado para os estudantes, ao inseri-los em um ambiente que opera de acordo com as exigências reais do mercado e da legislação sanitária vigente” - finalizou.
Texto: Cláudio Vieira (ASCOM)
Fotos: ASCOM do Campus Muzambinho
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