Comunidade acadêmica vai à luta contra a dengue no Campus Muzambinho
Na manhã desta quarta-feira (6), a comunidade do Campus Muzambinho promoveu mais um dia do “Campus Limpo”, desta vez focado na localização e descarte de recipientes espalhados pelo Campus e que pudessem favorecer a disseminação da dengue. A ação aconteceu no período da manhã, e contou com a participação de agentes de saúde, docentes, técnicos e colaboradores do Campus, bem como os próprios estudantes, público-alvo da ação.
O Diretor-Geral, professor Renato Aparecido de Souza, foi a autoridade responsável por dar as boas-vindas aos participantes, e em sua fala ele reforçou a importância do trabalho conjunto, desejando que ações como estas se tornem parte da rotina acadêmica. Para ele, a ação do “Projeto Campus Limpo” não é apenas de conscientização, mas também de formação.
“Hoje estamos promovendo esta ação, este mutirão de limpeza, que é algo muito rápido. Então é necessário que, para além desta ação, todos sejam multiplicadores dela, de que modo que ela seja continuada” - comentou o Diretor.
Também esteve presente a profissional Tatiana Teixeira Bianchi, Diretora de Vigilância em Saúde do município de Muzambinho, que apresentou a todos alguns dados sobre a realidade da dengue em nossa cidade.
De acordo com Tatiana, são 109 casos confirmados e outros 190 suspeitos, ainda em avaliação. Ela afirmou ainda que o mosquito Aedes não realiza a postura de seus ovos apenas em ambientes com água parada, mas em qualquer reservatório que possa ter água, visto que realiza a postura nas paredes desse recipiente. Quando o recipiente vier a ter água, haverá a proliferação.
Por estes motivos, Tatiana finalizou sua fala com um apelo pela colaboração de toda a comunidade escolar para o efetivo combate à dengue.
“... é muito importante eliminar todo e qualquer reservatório. Qualquer tipo de reservatório: um copinho, uma tampinha ou folha de árvore também são reservatórios. Então temos que ficar muito atentos, e levar isso não só pra dentro da escola, mas para as residências de vocês também, para que a gente não viva o que algumas cidades estão vivendo” - declarou aos presentes.
O professor Fabrício dos Santos Ritá, Coordenador do Curso Técnico em Meio Ambiente - modalidade EaD - cumprimentou a todos os presentes, reforçando que todos os cursos deveriam se envolver, de maneira coletiva e integrada, pois a questão da saúde é de interesse de todos. Além disso, afirmou que ao deflagrar uma ação como essas, não podemos nos esquecer de falar nos objetivos do desenvolvimento sustentável. Por fim, explicou a motivação ambiental e educacional por trás da ação desta quarta-feira (6).
" [...] nós queríamos trazer para vocês este movimento para que estivessem também engajados nas ações que envolvem a saúde e, consequentemente, o reflexo sobre a questão ambiental. A minha fala nem é tanto enquanto profissional de saúde e enfermeiro, mas enquanto coordenador do Curso Técnico em Meio Ambiente, na modalidade EaD. Que vocês se sintam motivados e pertencentes a este contexto, porque uma vez que não fazemos a nossa parte, por consequência nós sofremos [...]"
Juliano Francisco Rangel, Coordenador Geral de Produção e também um dos organizadores da ação orientou a todos quanto à ação que estava por vir.
Ele contou que o “Projeto Campus Limpo” tem expressão mundial, e que o campus Muzambinho participa visando tornar a escola mais limpa e segura para seus frequentadores. Para ele, o avanço da dengue torna o projeto mais necessário e urgente, pois o adequado descarte dos recipientes é fundamental para o combate à doença. Neste sentido, Juliano chamou a atenção de todos para a importância do trabalho conjunto:
“Pedimos hoje a ajuda de todos para que possamos, juntos e ao longo da caminhada, identificar recipientes que possam favorecer a proliferação da dengue ou de outras doenças” - declarou.
O enfermeiro do Campus, servidor Marcelo Lopes Pereira, deixou suas orientações para os estudantes de nossa instituição:
“Caso os estudantes sintam os principais sintomas relacionados à dengue, que são a febre (principalmente de 2 a 7 dias de duração) a dor de cabeça, dor atrás dos olhos, vômito, diarreia, dor nas articulações ou dor no corpo, é muito importante que busquem os serviços de saúde. Se já estiverem no campus, que procurem o ambulatório; Se não forem residentes e estiverem em casa, que busquem os serviços de saúde de seu município antes mesmo de virem ao Campus”.
Na sequência, o servidor Marcelo afirmou ainda que o campus tem tomado medidas para ampliar a segurança dos estudantes e comunidade escolar. Segundo ele, foi feita a dedetização das moradias estudantis e locais próximos, bem como estão sendo seguidas as normas sanitárias e expedidas orientações. No entanto, fez questão de frisar a importância de que cada qual faça sua parte, pois as ações de saúde pública dependem enormemente do engajamento da população.
O estudante Luiz Henrique, aluno do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas e membro da equipe de vigilância epidemiológica, foi um dos que estiveram presentes durante a ação, e afirmou que o Campus tem um espaço bastante amplo, mas que o foco das ações está voltado para a identificação e descarte do lixo propriamente dito, pois é algo que está ao alcance de todos.
Os participantes desta edição do projeto Campus Limpo atuaram seguindo normas de segurança, sendo-lhes oferecidos diversos pares de luvas e também a supervisão de agentes responsáveis por orientar quanto ao manuseio, recolhimento e descarte de recipientes encontrados.
A ação contou com presença expressiva de alunos da Engenharia Agronômica e Curso Técnico em Agropecuária integrado ao Ensino Médio, bem como dos respectivos coordenadores, os docentes Luciana Maria Vieira Lopes e Marcelo Simão Rosa.
Foram alcançados diversos setores do campus Muzambinho, culminando no recolhimento de diversos recipientes e embalagens, que foram devidamente acondicionados e preparados para descarte. A ação se encerrou nas dependências do setor de mecanização, quando os participantes se reuniram para uma foto oficial.
Texto e Fotos: ASCOM do Campus Muzambinho
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