Entenda como o leite materno pode atuar como a primeira "vacina" dos bebês

O mês de agosto é conhecido como Agosto Dourado por simbolizar a luta pelo incentivo à amamentação. A data foi instituída pela Lei nº 13.435/2.017 que determina que, nesse período, serão intensificadas ações de conscientização e esclarecimento sobre a importância do aleitamento materno.

O tema da campanha deste ano é “Proteger a amamentação: uma responsabilidade de todos”,  por isso trouxemos a nossa professora do curso Técnico em Enfermagem, Ana Paula Alonso Reis Mairink, para explicar alguns dos benefícios do aleitamento materno. 

PROTEJA A AMAMENTAÇÃO: uma responsabilidade compartilhada

Segundo Ana Paula, "o aleitamento materno vai além de amamentar o bebê, é um grande gesto de amor que aumenta o laço afetivo entre mãe e filho e ainda reforça a segurança emocional entre mãe e filho, através do contato pele a pele carinhoso durante a amamentação".

A professora explica que existem quatro tipos de leite, classificados de acordo com seu período de produção e sua composição:

• Colostro - produzido na gestação, permanece até 7 dias após o parto; volume de 2 a 20 ml por mamada; rico em gordura; grande quantidade de IgA e lactoferrina, linfócitos e macrófagos.
• Leite de transição: leite produzido entre o 7º e 15º dia após o parto; volume médio de 500 ml/dia; mistura de colostro e leite maduro.
• Leite maduro: produzido a partir do 15º dia; branco, opaco, com pouco odor, sabor ligeiramente adocicado; volume médio 700 a 900 ml/dia; composto de: água, proteínas, carboidratos, lipídios, minerais e vitaminas.
• Leite de pré-termo: maior teor de proteína, lipídeo e calorias; menor teor de lactose; maior quantidade de lactoferrina e IgA; não supre as necessidades de cálcio e fósforo em crianças que nascem menor que 1500g.

LEITE MATERNO - primeira “vacina” do bebê

O leite materno é o alimento mais completo que o bebê pode receber,  já que é composto por inúmeros nutrientes necessários para o seu desenvolvimento saudável. A professora ressalta que "devido à sua composição, o leite materno traz ao bebê grandes benefícios, uma vez que os nutrientes e anticorpos da mãe estão presentes nele. Assim, o leite materno nutre os pequenos, fortalecendo seu sistema imunológico e protegendo de doenças contagiosas, alergias, infecções no trato gastrointestinal, infecções respiratórias, entre outras doenças".

A professora ainda alerta que o ato de amamentar nas primeiras horas de vida, independente do tipo de parto, reduz a mortalidade neonatal e reduz o risco de doenças alérgicas. "Durante a pandemia da COVID-19 o aleitamento materno tem sido afetado. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda mantê-los juntos (binômio mãe-filho) porque o aleitamento materno não é apenas seguro, mas também, repetindo e reforçando, previne a mortalidade neonatal excessiva".

E para intensificar a importância do aleitamento materno a professora listou alguns benefícios da prática para o bebê, para mamãe e algumas dicas de como obter sucesso no aleitamento materno. 

Alguns benefícios para o bebê

• Previne a formação incorreta dos dentes e problemas na fala;
• Melhora a digestão e minimiza as cólicas;
• Promove o desenvolvimento cognitivo.

Alguns benefícios para a mamãe

• Redução do sangramento pós-parto;
• Previne a anemia;
• Diminui a ansiedade;
• Eleva a autoestima;
• Contribui para o retorno do peso de antes da gestação.

Dicas de como obter sucesso no aleitamento materno

• As mães devem receber ajuda para iniciar o aleitamento na primeira hora após o nascimento;
• Não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas ao seio;
• Não administrar outro alimento ou bebida, somente se for indicado pelo médico;
• As mães devem ser ensinadas sobre a posição e pega correta;
• Receber apoio familiar e auxílio de profissionais de saúde;
• Procure uma posição confortável para amamentar.

TEXTO E IMAGEM: ASCOM