Pesquisa analisa rotinas de exercícios e saúde mental durante a pandemia.
A pandemia afetou sua rotina diária de atividades físicas? Você teve alterações de humor ou queda na qualidade de vida e de saúde? É isso que a pesquisa, coordenada pela Profa. do curso de Educação Física do IFSULDEMINAS-Campus Muzambinho, Dra. Priscila Missaki Nakamura, está analisando. A pesquisa segue aberta e contabilizará entrevistas realizadas em todo período enquanto durar a pandemia.
Seis meses após o pedido de isolamento social da Organização Mundial da Saúde, a população brasileira já vivenciou experiências muito diferentes do seu dia a dia regular. Algumas pessoas optaram por melhorar sua imunidade com comidas saudáveis, enquanto outros decidiram liberar a dieta e comer de tudo um pouco, ou muito.
No quesito entretenimento, lives surgiram por todos os motivos, muitos se aventuraram na cozinha e receitas e momentos em família foram compartilhados como nunca.
O “novo normal” para uns incluiu fases de total sedentarismo, para outros a busca por formas de se exercitar em casa com aplicativos e vídeos online. Segundo dados preliminares da pesquisa, “35,19% dos entrevistados participaram de “lives” de atividades físicas, oferecidas de forma gratuita por meio do Instagram, YouTube ou Facebook”.
Crianças, jovens e adultos tiveram mudanças importantes em suas rotinas que, provavelmente, afetarão os próximos anos de suas vidas. Por isso a professora Priscila, deu início a pesquisa “Influência do isolamento social durante a pandemia da COVID-19 no nível de atividade física, barreiras e comportamento sedentário em adultos e idosos”.
Priscila destacou que o objetivo principal é “identificar as atitudes e comportamentos das pessoas durante e após o isolamento social causado pela COVID-19, que também é conhecido como coronavírus ou novo coronavírus, nas cidades de Muzambinho-MG e Rio Claro-SP”.
A pesquisa conta com o apoio de uma equipe de docentes de diversas universidades:
- Prof. Dr. Eduardo Kokubun- UNESP/RC
- Prof. Dr. Inaian P Teixeira- USP- EACH
- Profa. Dra. Camila B Papini- UFTM
- Profa. Dra. Grace Angélica de Oliveira Gomes- UFSCAR
- Prof. Dr. Américo Valdanha Netto
- Prof. Dr. Emerson Sebastião- Northern Illinois University
- Prof. Erik Vinicius Dopp- UNESP-RC
- Prof. Wedson Guimarães Nascimento - UNESP-RC
Até o momento foram entrevistadas 54 pessoas de Muzambinho-MG. Porém o questionário continua aberto para obtenção de novos dados e também contabilizará entrevistas de habitantes da cidade de Rio Claro-SP.
Os resultados preliminares mostraram, por exemplo, que 74,07% dos entrevistados estão fazendo o isolamento social na maior parte do tempo. E que 38,89% dos participantes praticavam mais atividades no lazer, do que nesse momento de isolamento social.
Sobre a saúde e estabilidade emocional dos entrevistados, a pesquisa demonstra que 44,44% classificava sua saúde como muito boa, antes do isolamento. Entretanto, segundo a pesquisadora Priscila, “durante a pandemia a percepção da qualidade de vida piorou, sendo que algumas pessoas classificaram a sua saúde como muito ruim e ruim”.
A pesquisa também alerta que 75,93% dos participantes reportaram ter desenvolvido depressão, ansiedade ou estresse durante esse período de isolamento social.
Ainda em etapa de aplicação dos questionários, a pesquisa já mostra dados alarmantes para o cenário de saúde física e mental dos habitantes das cidades analisadas.
Novos resultados serão divulgados de acordo com o andamento da pesquisa.
Interessados em responder o questionário e contribuir com a pesquisa podem fazê-lo pelo link: https://forms.gle/eRng4iLVUVnw9N9M9
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